Brasil Império - Do fim do colonialismo à abolição da escravatura

28/09/2012 16:27

Em 1799, a França conquistou sua revolução. Apoiados pela burguesia, Napoleão Bonaparte liderou as tropas que puseram fim ao reinado absolutista. Para impor seu poder, decretou o Bloqueio Continental, proibindo os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Portugal, comerciante direto, se viu ameaçado, o que obrigou a família real a fugir, vindo parar no Brasil em 1808. Quando a situação em Portugal se contornou, D. João VI retornou e deixou seu filho, D. Pedro, como príncipe regente. Pressionado por portugueses (querendo sua volta) e por brasileiros (querendo o fim da colônia), D. Pedro decretou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822.

O Brasil Imperial viu, antes de se tornar República, a atuação de dois imperadores, em dois reinados. O Primeiro Reinado foi marcado pela transição política em relação a Portugal. Em 1824 foi outorgada a primeira constituição. A presença de portugueses nas altas camadas do poder não agradava os brasileiros, o que veio a gerar muitos conflitos. E a situação em Portugal não era das melhores, principalmente após a morte de D. João VI. D. Pedro concentrou suas atenções a Portugal, enquanto o Brasil vivia uma crise, seguida de confrontos entre os dois povos. D. Pedro não aguentou a pressão e voltou a Portugal, deixando seu filho Dom Pedro II como imperador.

O governo de D. Pedro II, conhecido como Segundo Reinado, ficou marcado por guerras pró-república, guerras em repúblicas vizinhas e o fim da escravidão. A princípio, não podendo assumir o cargo quando seu pai partiu, pois tinha apenas cinco anos de idade, o Brasil foi governado por um governo provisório. Por constantes pressões, foi dado o Golpe da Maioridade, em que Dom Pedro II assumiu o poder. O Segundo Reinado foi razoavelmente tranquilo, graças à estabilidade econômica, provinda da economia cafeeira.

Mas, em 1864, o Brasil resolveu intervir em assuntos estrangeiros, culminando na Guerra do Paraguai, a maior guerra da América Latina. Milhões foram mortos e muito dinheiro foi gasto, promovendo uma crise. Desgostosos com a atitude de Dom Pedro II, surgiram revoltas e confrontos em prol do fim da monarquia. Na madrugada de 15 de novembro de 1889, o marechal das forças militares, Deodoro da Fonseca, proclamou a República do Brasil.